segunda-feira, 21 de março de 2011

Auto destrutivos.

Olhando tudo aqui do 21° andar, eu consigo ver minúsculas criaturas donas de tudo ao redor e sem poder responder pela suas próprias criações. maquinas auto destrutivas capazes de puverizar qualquer sonho que fuja ao padrão imposto, numa busca insessante de estarem inseridos em um contexto inexistente. Vejam só como é, tão donos de tudo, mas quando sentem um sopro pequeno da grande mãe de tudo, tremem e se escondem atraz de suas teorias que de nada lhes servem, e foi assim, desrrespeitando os seus limites e os limetes da grande mãe que se tornaram esse grande monte de NADA, são só minusculas pessas de uma coisa muito maior.
Mas a minha opinião não conta, eu sou so um corpo estranho, pronto pra ser repelido!
Eram 21 andares,com a queda tornaram-se apenas oconcreto destruido pelo abstrato, não posso ver  mais nada além de meus sonhos encaixotados voando juntamente com destrossos, e indo água a baixo com corpos vivos em decomposição.
é o fim.

sexta-feira, 11 de março de 2011

" Nós Gatos já nascemos pobres, porém já nascemos livres"

São 6:30 da manhã e do despertador toca impiedoso.
- Mas já? quanto tempo eu dormi afinal?, Preciso me levantar, talvez o banho me faça acordar melhor, mas... e aquele sonho ? Foi tudo tãaao, lindo!
   Então, com os grandes olhos brilhantes, ainda adormecidos por conta do grande conto de fadas que vivera durante a noite, olha em direção a porta velha de seu quarto e procura um motivo pra se levantar, olha ainda mais além, como se olhasse pra dentro de si, e então, em um impulso quase involuntário, a moça faceira se levanta da cama e vai pro banho...
- Droga de chuveiro, não sei quem liga essa merda, banho frio me faz tão bem, quase morro ao sentir essa água quente cair em mim. 
    De banho tomado e alma lavada, pega o seu mais lindo vestido, pinta a tela de seus olhos como de costume, e na boca o batom de cor mais viva que pôde encontrar, com duvida olha toda aquela arrumação, e novamente olha muito além do espelho a sua frente, dessa vez ela procura dentro de si a verdadeira beleza, pega sua mochila, velha, porém muito amada e saí, tanta felicidade a faz cantar e sorrir com os olhos, parece que aquela natureza morta a sua volta se enche de vida e de luz, aqueles androides que passam do seu lados as vezes tem os seus momentos de "carne" e se deixam levar por todo aquele evento que por ali passa. - Bom dia, bom dia, bom dia!
   Mas aos poucos, todos aqueles "bom dia!" que a moça distribuía dentro de si,sem calam ao chegarem depressa os questionamentos, as duvidas, as revoltas, o dia não se tornava pior a medida que isso acontecia, mas a moça agora tinha outras ocupações além de seus doces "bom dia" distribuídos pra si mesmo. A grande maquina produtora de fumaça para e ela desce, de longe vê o  e motivo do seu despertar, caminha com alegria aquele palco e ensaia alguns passos, colocando alí toda a força de sua alma. Chora ao se lembrar que o que vivera a noite passada não fora apenas um sonho.
- Poxa vida, a melhor coisa que  me aconteceu foi aquela vaca me dispensar sem me dar um motivo palpável, assim pode me livrar daquelas tardes vazias e gente estranha  que nunca me levaria a lugar algum a não ser a um jogo de interesse cujo eu me enojo e repudio.
 

terça-feira, 8 de março de 2011

Só de passagem

Hora, hora, ai esta Madalena com sua pequena maleta na mão olhando em volta, grandes meios que te levam a um fim, pessoas que roubam a cena com sua peculiar forma de reproduzir em si o que vê no outro, grandes robôs orgânicos, passageros com suas passagens cada um pro destino que excolheu, ou acredita ter sido enviado por alguem, uns embarcam assim de mãos abanando, outros com um grande brilho nos olhos, brilho de curiosidade, de vontade, de medo,  um só um brilho...
Nesse grande ponto de embarque madalena se vê completamente apavorada e encantada. Das caixas de som douradas, tão lindas, parecem ser de ouro, sai uma voz que com claresa, demonstra firmesa e pontualidade, quando é a hora, é a hora, então madalena ouve com atenção : -  atenção passageiro, é chegado o fim da sua viagem, retorne ao seu vagão!
E os grandes olhos negros de abrem, e as pequenas mãos se fecham  como se capturace a importancia daquele momento, pode ver então que aqueles que imbarcavam sem se quer um pedaço de seu passeio sofriam bem mais pela partida, lhe parecia que naqueles vagões frios, sua unica companhia seria o que teria visto em seu passeio.
Madalena, sente nos ombros, mãos quentes e ternas , sente aquele cheiro que sempre a traz de volta de todos os seus devaneios, e ouve o doce som do amor - Madá, ainda não é a hora!
Com suas pequeninas mãos se agarra a sua bagagem, e volta a se aventurar nesse MUDÃAAO SEM PORTEIRA. e teve pressa de sentir cada pedaço de seu passeio.






... E vivem como se nuca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido...
Dalai Lama.